segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Escolha amar!

Não é tão simples quanto a palavra. Escolher o ‘caminho’, as amizades, a profissão, a cidade, casa, meio de transporte e até esmo a roupa que vamos vestir hoje não é tarefa fácil.

E escolher a família? Isso pode acontecer? Sim, pode! Não é o sangue ou a genética que determina uma família, mas o que esses membros representam na nossa rotina. Família não é sobrenome, registro, família é amor, cuidado, afeto... As escolhas fazem parte do nosso cotidiano e muitas vezes fazemos sem mesmo perceber.

Escolher as pessoas que devemos dedicar amor é muito sério porque estaremos regando os sentimentos, buscando o bem-estar do ser amado, proporcionar felicidade no mais simples gesto.
O amor de pai, mãe, filho também está neste contexto. Pais são aqueles que amam e educam não os que compartilham a genética. Não existe um botão que liga e/ou desliga quando as pessoas se tornam pais, naquele momento eles escolhem amar os filhos.

Conheço história de pessoas que já fizeram essa escolha, de ser pais, mais ainda não se conscientizaram. Outras que demonstravam nascer para o oficio e no final pularam do barco. Todos os dias vejo histórias de amor incondicional e a escolha pelo desprezo. Todos os dias choro com essas histórias e me pergunto: “Como alguém pode decidir não amar? Como podemos simplesmente ligar e desligar o botão do amor ao próximo? Desligar o botão do amor a um filho (a)?”

Não tenho capacidade para entender isso e nem quero para falar a verdade. Mas devemos entender que toda escolha é uma ação e esta gera reação ou consequência...e a cada momento que escolhemos não amar, estamos plantando e colhendo solidão, desprezo.

Alguns caminhos escolhidos podem ser refeitos, outros não. Algumas escolhas podem ser revistas outras não. Alguns sentimentos mesmo feridos podem ser recuperados, outros não. Eu escolhi amar...meu filho, meus pais...ah meu Pai!; amar meus amigos, meus colegas de trabalho....sem vergonha de dizer...sem vergonha de escolher! Hoje eu sou puramente pessoas.




segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Saudade da concha!

Sabe o medo que se tem quando vai para o primeiro dia de aula numa escola nova? Eu sinto esse medo toda vez que inicio um novo projeto: medo, medo, medo.

Mas se prestarmos bem atenção essa sensação que tem o auxílio da adrenalina no corpo (processo físico) atravessam os mesmos estágios: empolgação, medo, arrependimento, saudade da concha, vontade de parar, de voltar...

Estou me sentindo assim...Inventei mil e uma coisas para fazer agora, como faço todo início e final de ano, mas a cada ano aprendo como coloca-las me prática. Concluir é mais complicado, ainda estou na fase da desistência nesse estágio mas reconheço que já avancei bastante.

Outra coisa importante é curtir o processo...você já deve ter ouvido isso. Mas é a pura verdade. Eu ficava tão ansiosa no fazer, concluir, chegar e alcançar que paralisava no meio do processo e não aprendi nada no curto caminho.

Estou aprendendo a dominar esse medo. Não é aquele que nos livra de situações de risco, mas aquele que nos paralisa, que afirma que não conseguimos, que não somos capazes e nos torna frustrados resultando na infelicidade coletiva, quer dizer, daqueles que te rodeiam e que terão de aguentar esse mau humor.

Mais uma vez estou eu aqui falando de situações e sentimentos tão íntimos quanto o próprio nome com um único objetivo levar a luz que alcancei como num “estalo”, a outras pessoas que muitas vezes sentem o mesmo, mas não sabem expressar nem para pedir ajuda.

Estou nesse momento diante do meu mais novo projeto e com medo, muito medo. Medo de seguir adiante, do desconhecido, do fracasso. Mas quer saber, se não tentar, já fracassei, portanto vamos lá!

Vamos seguir sem medo, viver com fé e esperança, quem sabe assim né?


terça-feira, 10 de novembro de 2015

Escolhas...deixo ir embora? Ou mantenho dentro de mim?

Nas últimas semanas tive acesso a dois textos fantásticos um falava sobre o dar adeus, deixar ir... o outro discorria sobre: estar feliz solteira e sobre exigência, entrega, escolha de novas relações.

No mesmo período fui apoiar uma amiga na perda de seu amado pai, um homem extraordinário em seu bom humor, que infelizmente convivi pouco, mas que me trouxe emoção, porque naquele momento, olhando minha amiga se despedir com dor daquele que dedicou amor, refleti o quanto é difícil dar adeus a quem amamos...

E desde então tenho questionado meu coração sobre essa dificuldade em deixar ir o que não me traz mais alegria, felicidade e paz.

Não acho as razões. Nada vem em mente, só o que foi bom, eterno, o que me fez plena...só sabe o que acontece dentro de qualquer relação quem a vive, a opinião dos outros não interessa e a mim, menos ainda, sou muito surda nesse momento.

Engraçado que colocamos o ponto final naquela experiência porque não faz bem e depois lamentamos porque não fazia esse tal “bem”, e se isso é de alguma forma nossa culpa. É? Não? Vai saber...

Quero dizer que somos impelidos a esquecer, a sermos fortes, a ignorar a avalanche de sentimentos. Eu cheguei à conclusão que para deixarmos ir embora temos que esgotar as lágrimas e com elas as lembranças. Só assim o sentimento de perda vai em paz e ficam apenas os bons momentos registrados sem qualquer centelha de arrependimento.

E se ficar esse sentimento bom, as boas lembranças, sem culpa ou mágoas, não há problema, não há vergonha em lembrar, em admitir. Sabemos que qualquer relação que encerra, existe uma mágoa guardada em algum lugar, mesmo que não queiramos assumir.

Então o melhor mesmo é deixar toda essa mágoa ir...o choro, fazer seu luto e depois viver, sem reservas, sem medo.

Mas enquanto isso não acontece, vou pensando...como é difícil deixarmos ir...como é difícil abrir a mão daqueles bons momentos e se permitir viver outros. Permitir outra história. Mas é vida que segue: “Um dia o coração faz novas escolhas”! Hoje sou puro sentimento!