E escolher a família? Isso pode acontecer? Sim, pode! Não é
o sangue ou a genética que determina uma família, mas o que esses membros
representam na nossa rotina. Família não é sobrenome, registro, família é amor,
cuidado, afeto... As escolhas fazem parte do nosso cotidiano e muitas vezes
fazemos sem mesmo perceber.
Escolher as pessoas que devemos dedicar amor é muito sério
porque estaremos regando os sentimentos, buscando o bem-estar do ser amado,
proporcionar felicidade no mais simples gesto.
O amor de pai, mãe, filho também está neste contexto. Pais
são aqueles que amam e educam não os que compartilham a genética. Não existe um
botão que liga e/ou desliga quando as pessoas se tornam pais, naquele momento eles escolhem
amar os filhos.
Conheço história de pessoas que já fizeram essa escolha, de
ser pais, mais ainda não se conscientizaram. Outras que demonstravam nascer
para o oficio e no final pularam do barco. Todos os dias vejo histórias de amor
incondicional e a escolha pelo desprezo. Todos os dias choro com essas
histórias e me pergunto: “Como alguém pode decidir não amar? Como podemos
simplesmente ligar e desligar o botão do amor ao próximo? Desligar o botão do
amor a um filho (a)?”
Não tenho capacidade para entender isso e nem quero para
falar a verdade. Mas devemos entender que toda escolha é uma ação e esta gera
reação ou consequência...e a cada momento que escolhemos
não amar, estamos plantando e colhendo solidão, desprezo.
Alguns caminhos escolhidos podem ser refeitos, outros não. Algumas
escolhas podem ser revistas outras não. Alguns sentimentos mesmo feridos podem
ser recuperados, outros não. Eu escolhi amar...meu filho, meus pais...ah meu
Pai!; amar meus amigos, meus colegas de trabalho....sem vergonha de dizer...sem
vergonha de escolher! Hoje eu sou puramente pessoas.
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